sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Saudades!!!


Hoje, especialmente, acordei saudosista... Sentindo saudades de tantas pessoas, de tantas coisas... Saudades de momentos especiais vividos e que hoje parecem tão distante. Saudades da pessoa que já fui um dia, mais ingênua, sonhadora, esperançosa. Não que ainda não seja assim, mas o tempo passou e eu fui me transformando... As coisas, as vivências vão fazendo com que a gente perca um pouco a essência com o passar dos anos. Queria poder voltar em alguns momentos da minha vida e dizer coisas, fazer coisas que não fiz. Queria abraçar pessoas, agradecer, chorar, rir, me embebedar, correr, sonhar... queria tanto poder voltar no tempo.

Mas isso não me é possível, então, guardo no coração e na memória os bons momentos que vivi, tento reviver em pensamento aqueles belos momentos, cenas que não saem da minha cabeça. Agradeço, a todas as pessoas que fizeram parte desta vida que ficou para trás. Agradeço a todos que contribuíram com a minha história. São pessoas que nunca mais vi, nem sequer falei. Umas por razões que do destino, outras porque não estão mais de corpo conosco, apenas de alma e coração. Agradeço a todos que um dia me aconselharam, me xingaram, me criticaram, me abraçaram, elogiaram, cobraram, ensinaram... Sou resultado de tudo isso. Trago comigo um pouco de cada uma das pessoas que convivi... Obrigada VIDA...

Para terminar, um trechinho de um texto de Martha Medeiros, que tão bem fala da saudade:

"Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas."

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

É preciso dizer não

Sempre ouvi dizer a seguinte frase: “Se você quer que algo seja feito peça para quem tem muitas atividades a fazer”... Pior é que verdade. Quanto mais ocupados somos mais coisas fazemos. Aquelas pessoas que têm tempo de sobra, o tem não por acaso, mas por não assumir nenhum compromisso.
Quando a gente tem coisas a fazer, normalmente, vão se somando a elas muitas outras. Assumimos, aceitamos e nos comprometemos com tantas tarefas quanto nos apresentarem, mesmo que para atendê-las precisemos nos desdobrar em mil. Claro que isso nos dá a fama de competentes, capacitados, envolvidos, ativos... Mas nos dá também de presente o excesso de trabalho e de atividades.
Como sempre volto a dizer – cuidado com os extremos. Quem me conhece já deve estar de saco cheio de ouvir isso, mas é assim mesmo que eu penso. Nada que é extremo é bom, tudo tem uma dosagem certa. Não acredito na máxima é “8 ou 80”. Acredito que podemos encontrar um meio termo para tudo.
Digo isso, porque sou vítima do excesso de atividades. Se me pedirem para fazer mil coisas, não saberei dizer não. Farei as mil em tempo hábil, certamente, porém, depois pagarei o alto preço por isso – o stress, o cansaço, o mau humor, a insônia... E tantos outros “probleminhas” que acompanham aqueles que são ativos demais.
Sei que não viemos ao mundo simplesmente a passeio. Temos que mostrar a nossa cara, sermos sujeitos de nossa história, mas vamos com calma, paciência... A gente tem todo o tempo do mundo. Claro que não dá para cruzar os braços e deixar que as coisas aconteçam. Precisamos sim agir, fazer, estar atentos, mas ao mesmo tempo precisamos dosar tudo isso. Pensar, ir com calma, não abrir mão de coisas simples, mas que são essenciais, como um passeio, uma horinha a mais de sono, uma visita a um velho amigo. Precisamos sim aproveitar bem o tempo, mas não deixar para viver nas férias e na aposentadoria, especialmente, porque quem é ativo, não vai parar nunca.
Ah, e o principal de tudo – aprendamos a dizer NÃO. Porque quem é ativo, jamais diz isso, está sempre disposto a fazer uma tarefa a mais, a trabalhar uma hora a mais. Precisamos dizer não, precisamos parar um pouco e não adianta esperar que os outros nos digam isso, nós mesmos é que precisamos perceber a hora certa e sair de cena temporariamente, sem ter medo de perder nosso espaço.